ESGOTO DOCE
Desconcertante
ávido
Reconcilio
meu ultra passado
Com o futuro
exacerbado
Destruído
pela vagabunda dor
Da ausência
do tato nas paredes orgânicas
Oriundas da
infame profundidade
Que teu
corpo oferece,
Ao
desconectar minha perdida alma
Do velho
corpo alheio
Contando a
terceira-décima volta
Pelo sol do
teu viscoso néctar
Esse que
cola minha louca sede
Nos selos
impressos pelo teu vago sorriso,
Destina meu
estranho caminho
Na
veracidade de tua insana razão
Provocando a
condução triste
Dessa mera
nostalgia amarga
Refazendo a
profecia infernal
Do teu
excremento de amor.
Adriano
Sales - Recife/2018
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