A naturalidade da palavra, carregada de sentimentos destroem as
técnicas de escrita para “marginalizar” os versos. Motivo esse que leva os
dogmáticos das escolas literárias a consumir Dorflex de Tylenol.
Já dizia Werner Heisenberg, em sua teoria, em seu artigo de 1927, onde
propõe que em nível quântico quanto menor for a incerteza na medida da posição
de uma partícula, maior será a incerteza de seu momento linear e vice-versa.
Aplicando isso nas construções poéticas esbarramos em diversas dúvidas
de como considerar que uma poesia é quântica ou não.
Primeiro; Vamos lembrar que tudo que conhecemos seja matéria sólida ou
não é construído e formado pela nossa consciência. Tudo é composto de forma
sistemática, logo, observando em micro e macro escalas pode afirmar que tudo
que conhecemos vistos pelos nossos olhos são sistemas quânticos, que nada mais
é o que uma combinação de unidades ou partes formando um sistema complexo ou
unitário teórico ou real baseado em física quântica, ou simplesmente, tudo
aquilo que admite uma descrição dinâmica fechada dentro da mecânica quântica.
Objetos que obedecem às leis da Mecânica Quântica, por exemplo, o elétron, o próton
e o nêutron, o conjunto de tais objetos (e suas interações), constitui um
sistema quântico.
Segundo; Vamos entender sobre o COLAPSO DA FUNÇÃO DE ONDA, que é um
processo pelo qual um sistema quântico aparentemente evolui de acordo com as
leis da mecânica quântica. Isto é também conhecido como colapso do vetor de
estado. A existência do colapso da função de onda é necessária. No geral,
sistemas quânticos existem como a superposição de estados fundamentais, e
evoluem no tempo. Contudo, quando a função de onda colapsa, da perspectiva de
um observador o estado dos objetos envolvidos parecem "pular" para
outro tipo de estado onde adquire outro valor de propriedade e medida que pode
ser associado com o primeiro estado de origem.
O ponto de observação de um dado objeto pode levar o observador a
colapsar as ondas desse objeto dependendo de como a consciência ou o nível de consciência
do observador entenda a importância do objeto para o universo em que os dois
estão inseridos.
(tratamos de objeto não apenas
coisas sólidas formadas por concentrações diferentes de átomos e ou estruturas
moleculares, mas sim, também, pensamentos).
Pensamentos falados (oral e gravados); Pensamentos escritos (impressos
ou pintados) também são objetos que podem ser observados a partir de um ponto
de consciência construtiva que podem estruturar ou desestruturar novas
realidades para o objeto observado.
Quando certo observador lê um determinado texto, sua consciência passa
a coexistir dentro do contexto literário do referido conteúdo para se fazer
entendido aquilo que ali está escrito ou descrito.
Para dos diversos tipos de textos, destacamos a poesia como meio mais
fácil de construir uma nova ou outra realidade que permeia pelo colapso da
função de onda. Alguns ou outros conjuntos de versos poéticos fazem o leitor
viajar em seus contextos, esses, já são por si, provocadores desses colapsos,
pois ao fazerem com que o leitor se imagine dentro da possibilidade de que
aquele verso faz parte de sua história ou de um dado momento da sua vida, ali
já ocorre o processo evolutivo que podemos chamar de sistema quântico (o texto
+ o leitor + consciência + imaginação = sistema quântico da leitura).
A volta para a realidade no final da leitura ou na “retomada” da consciência,
já reorganizada pela satisfação de poder mudar o estado real do objeto/texto dá
ao leito a possibilidade de se inserir cada vez mais da técnica que o mesmo
descrobrira na prática do uso do referido sistema quântico da leitura.
Neste ponto o LADO OCULTO DA POESIA QUÂNTICA passa a ser explicito e
exposto.